A agência espacial japonesa Jaxa disse esta segunda-feira ter cortado a energia do módulo Slim, menos de três horas depois da histórica aterragem na Lua, no sábado, para poupar as baterias para uma eventual descolagem.
“Conseguimos completar a transmissão dos dados técnicos e das imagens adquiridas durante a descida e na superfície lunar antes do corte de energia”, declarou Jaxa na rede social X (antigo Twitter), acrescentando ter recebido um “grande volume de dados”.
Existe “a possibilidade” de o módulo japonês, que registou um problema com os painéis solares, poder ser relançado, indicou.
“De acordo com os dados de telemetria, as células solares do Slim estão viradas para oeste. Se a luz do Sol atingir a Lua a partir do oeste no futuro, acreditamos ser possível produzir energia, e estamos atualmente a preparar a restauração”, acrescentou a agência espacial japonesa.
O Japão tornou-se no sábado no quinto país a ter conseguido pousar uma nave na Lua, com a Jaxa a anunciar ter concluído a alunagem às 00h20 de sábado (15h20 de sexta-feira em Lisboa).
Apenas os Estados Unidos, a antiga União Soviética, a China e, mais recentemente, a Índia conseguiram pousar na Lua.
Mais de 50 anos depois de os humanos terem pisado a Lua pela primeira vez – os Estados Unidos, em 1969 -, esta voltou a ser o centro de uma corrida mundial.
Além dos EUA e da China, também a Rússia sonha em reviver a glória espacial da ex-URSS, nomeadamente juntando forças com a China e a Índia, que conseguiu realizar a primeira alunagem no verão passado.
As duas primeiras tentativas do Japão de pousar na Lua fracassaram. Em 2022, uma sonda Jaxa, Omotenashi, a bordo da missão norte-americana Artemis 1, sofreu uma falha fatal da bateria pouco depois de ser lançada no espaço.
Em abril, um módulo da jovem empresa privada japonesa ispace despenhou-se na superfície da Lua, depois de ter falhado a fase de descida.